Concurso Caixa Econômica Federal – 2012

As inscrições serão até o dia 13 de março, para nível médio.  Bora estudar gente !!!! 

Encontrei um tira -dúvidas da caixa que pode ajudar alguns que estejam sem entender algo:

A Caixa Econômica Federal divulgou um tira-dúvidas sobre os concursos que estão com inscrições abertas. As duas seleções são para formação de cadastro de reserva para os cargos de técnico bancário novo, advogado, arquiteto e engenheiro agrônomo, civil, elétrico e mecânico. Trata-se de um dos concursos mais esperados do ano e deverá ser bastante concorrido para técnico bancário, de nível médio – o último concurso para o cargo, em 2010, teve 700,2 mil inscritos.

Quantas vagas os novos concursos vão abrir?

Os concursos públicos da Caixa Econômica Federal destinam-se à formação de cadastro de reserva, conforme publicado nos editais, para os cargos efetivos de nível médio (técnico bancário novo) e de nível superior (advogados, engenheiros e arquitetos).
 

Já existe a previsão de quais estados vão ter candidatos contratados e quantos por estado?

Como os concursos se destinam à formação de cadastro de reserva, a convocação dos candidatos aprovados se dá conforme a disponibilização de vagas, resultantes da reposição de empregados desligados, abertura de novas agências e outras necessidades estratégicas da Caixa.

Quando será realizada a convocação dos candidatos?

Se dará de acordo com as necessidades estratégicas da empresa, para reposição de empregados desligados, abertura de novas agências e outras demandas estratégicas da Caixa, durante a vigência dos concursos.

Ainda há concursos em validade, até junho de 2012. As admissões dos candidatos classificados estão asseguradas?

Conforme o item 1.3.3, do Edital nº 1/2012/NM – de 16 de fevereiro de 2012, ficam asseguradas as admissões, conforme necessidade de provimento, dos candidatos classificados nos concursos públicos de 2010 para o cargo de técnico bancário novo e cargos profissionais até o término de suas vigências ou até o esgotamento do cadastro de reserva no polo/macropolo de opção, prevalecendo o que ocorrer primeiro.
As datas de validade dos referidos concursos são:
Técnico Bancário Novo RJ e SP: Prazo de validade inicial 13/06/2011 – Prorrogação até 13/06/2012.
Técnico Bancário Novo Nacional (exceto RJ e SP): Prazo de validade inicial 28/06/2010 – Prorrogação até 28/06/2012.
Profissionais – Advogado, Arquiteto e Engenheiro: Prazo de validade inicial 29/06/2011 – Prorrogação até 29/06/2012.

Quais são os salários e as jornadas de trabalho para os cargos de nível médio e nível superior?

Conforme os editais, o salário inicial da carreira profissional de nível superior com jornada de 8 horas diárias – advogado, arquiteto e engenheiro – é de R$ 7.734,00. Já a remuneração inicial do técnico bancário novo, de nível médio, com jornada de 6 horas diárias, é de R$ 1.744,00.

Que outras vantagens a Caixa oferece aos empregados?

Como exemplos desses benefícios, a Caixa oferece participação nos lucros e nos resultados (PLR), nos termos da legislação pertinente e do acordo coletivo vigente; participação em Plano de Saúde de Autogestão, o Saúde Caixa, em Plano de Previdência Complementar e auxílio cesta/alimentação – conforme o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). O auxílio-alimentação/refeição e o auxílio cesta-alimentação correspondem, respectivamente, a R$ 435,16 e R$ 339,08.

Para quem trabalha na Caixa, há possibilidade de ascensão profissional dentro do banco? Isso se dá de que forma?

Sim. De duas formas: ascensão no cargo efetivo (Plano de Cargos e Salários) e acesso às funções gratificadas (Plano de Funções Gratificadas).

Ao ser admitido, o empregado passa a ocupar o cargo efetivo, de caráter permanente, para o qual prestou o concurso, que pode ser da carreira administrativa: técnico bancário novo (TBN) – referências salariais 201 a 248 – ou da carreira profissional (advogado, arquiteto, engenheiro) – referências salariais 801 a 836. O empregado pode ascender no cargo efetivo, alcançando novas referências, por duas formas: por antiguidade, a cada dois anos de efetivo exercício na Caixa, e por Promoção por Mérito, realizada anualmente com a participação de todos os empregados. O acesso às funções gratificadas é por meio de Processo Seletivo Interno (PSI).
Em 2011, foram realizados 8.657 PSI, com a oferta de 9.882 vagas, 157.159 inscrições e a seleção de 9.777 empregados para ocupar funções gratificadas na Caixa.

Qual a validade do novo concurso?

O concurso público da Caixa terá prazo de validade de 1 ano, prorrogável por igual período, a critério da Caixa.

As informações são do G1.

Hopi Hari – Desabafo de uma Mãe

Nó na garganta.É esse sentimento que tenho,desde o acidente trágico ocorrido  ontem no Hopi Hari.

Poderia ter sido um dos meus nesse acidente.Poderia ter sido eu.Estive no Hopi na ‘sestina’ de 27 de janeiro,desse ano.Foi meu primeiro brinquedo,e uma das gôndolas subiu e não desceu.Precisou ser descida manualmente.Essa gôndola ficou parada por algum tempo,mas antes das 3 da tarde já estava funcionando normalmente(A foto acima mostra o momento em que a gôndola defeituosa era descida).

Parem por apenas 5 minutos.Se imaginem chegando ao parque,com seus amigos, parentes, vizinhos, namorados, maridos.Se imaginem na fila do brinquedo,pensando no frio da barriga do trajeto,da brincadeira,das fotos tiradas e dos planos dos próximos brinquedos a usar.Travando os cintos,subindo na torre e na descida,um dos seus,desses que foram com vocês,estirado no chão.Ainda assim foi uma fatalidade? Ainda assim ‘acidentes’ acontecem? Pronto. Agora podemos falar sobre a imprudência do parque.

Ontem,enquanto eu estava no facebook do Hopi Hari,debatendo com tantos outros que assim como eu,estavam surpresos e chocados com o que aconteceu,pude ler que várias pessoas se queixavam das condições do parque.Tive o cuidado de printar,e aqui os colocarei,com toda preocupação de mãe,que zela e cuida dos seus e que pensa e sente como mãe.

Descobri também que,não existe um órgão fiscalizador para os parques! Leiam uma parte da reportagem:

“Os parques de diversões do Estado devem seguir as normas estabelecidas pela Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil). Segundo o órgão, o Hopi Hari estava  de acordo com todas as regras. O que tanto a Adibra quanto o parque não esclarecem, porém, é quem fiscaliza a estrutura do local.

Apesar de atestar a funcionalidade do Hopi Hari, a Adibra assumiu nunca ter averiguado a condição dos brinquedos e não informa se recebeu algum laudo comprovando se há manutenção ali.

Por meio de assessoria de imprensa, o Hopi Hari informou que não sabia quem eram os responsáveis pela fiscalização dos brinquedos e não revelou a data da última manutenção.

A Constituição Federal diz que “o uso e ocupação do solo” ficam sob responsabilidade do município. A Prefeitura de Vinhedo, no entanto, informou não possuir nenhum órgão competente que possa fiscalizar o Hopi Hari. Disse ainda ter fornecido alvará “em meados dos anos 2000, quando o parque foi inaugurado”. A renovação, também segundo o município, foi realizada só que  “com base nos laudos do Corpo de Bombeiros”.

Mas os bombeiros fiscalizam só os equipamentos de prevenção a incêndios. “Checamos apenas extintores, alarmes e hidrantes. Por lei, essa é a nossa atribuição”, explicou o tenente Marcos Palumbo, porta-voz do Corpo de Bombeiros.”

Fonte -> http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/14142/Morte+revela+que+ninguem+fiscaliza+parque+

Com tantos absurdos assim,me entristece ainda mais a descoberta como as pessoas podem ser cruéis e mesquinhas.Como uma vida vale absolutamente ‘nada’. O que mais li ontem,por incrivel que pareça era ‘foi fatalidade’,’o parque não tem culpa’,’foi a hora dela’,’acidentes acontecem’,’se for assim,melhor não sair de casa’.

Não podemos nos acostumar com tragédias.Não podemos achar normal.Acidentes acontecem? Sim,acontecem…mas em um parque cujo carro chefe são os brinquedos radicais,tudo pode acontecer,menos falhas em travas e descuidos.

Ontem a noite,pude abraçar a minha filha,e pensei,ainda com esse mesmo nó na garganta,que poderia ter sido ela.Me solidarizo com a familia,enquanto o parque Hopi Hari somente lamenta o fato e poe uma fitinha preta representando luto no perfil do facebook,mas com os brinquedos em pleno funcionamento.

Não sei qual o òrgão competente,ou se existe tal,mas algo deve ser feito. Não só pelo Hopi Hari,mas pelos outros tantos acidentes,que ocorrem em parques de menores portes.Estamos lidando com vidas !

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Violência Doméstica

   

    A gente sabe. No fundo a gente sempre sabe.Mas por que algumas pessoas simplesmente não acendem o pisca alerta quando começam a notar os sinais? As histórias basicamente são iguais, muda uma nuance ou outra. Mês passado, aguardando ser chamada para o médico ver minha filha que estava doente,haviam 3 mulheres sentadas, e elas contavam suas histórias e eu ouvia,calada,e pensava: ‘ Mas por que diabos elas não caíram fora quando começou?’ Violência doméstica. Não consigo entender. Ninguém vai dormir com um anjo e acorda no outro dia com um demônio na cama. A coisa toda vai acontecendo aos poucos e as tragédias acontecem quando os sinais ficam tão evidentes que acaba sendo tarde demais.

    Os sinais … são tão claros mas distorcidos em meio a tantas desculpas, não as que o agressor dá, mas que a própria vitima cria como explicação para a violência. Tudo começa com um empurrão, ou um gesto mais rude. Aí vem depois a explicação ‘foi o calor do momento, me perdoe não irá mais acontecer,te amo, jamais te faria qualquer mal’. Ele é perdoado, mas o pisca alerta não é acendido. Costuma-se passar uma borracha no assunto. Até a próxima discussão. Com ele,o empurrão fica um pouco mais violento, às vezes acompanhado de xingamento ou por palavras que magoam bem lá no fundo, como um soco no estômago. Mais uma vez vem as desculpas, e mais uma vez se é passada a borracha. E o pisca alerta continua apagado, porque foi criado um mecanismo de querer acreditar na desculpa dada. O próximo passo são as pequenas violências físicas, o pulso machucado por uma sacudida mais forte, o bofetão. E mais desculpas. Daí em diante,o respeito já foi pelo ralo, a coisa saiu do controle. Por que existem pessoas que insistem em permanecer em relações doentias? Ausência de amor próprio? Ausência de auto estima?

    Nenhuma violência deve ser tolerada, nem as mais simples. Se o seu atual namorado/marido/ficante bateu ou agrediu alguma ex, a chance dele cometer o mesmo erro com você, será muito grande e nada nesse mundo vale correr o risco. Não importa o motivo, não importa a desculpa.Só porque ele disse que ela não prestava ou que estava de cabeça quente ou qualquer outra desculpa que ele dará para justificar o ato. Se afaste.

    Se a família avisa que o homem não presta, se os amigos mais próximos avisam que o cara não presta,por que não abrir os dois olhos gigantemente,do que achar que o universo conspira de ciúme e inveja de você ?

    O problema é que quando essas mulheres caem na real e decidem agir dando um ponto final, infelizmente a história já está tão bizarra que nada mais pode ser feito. E o resultado disso são as histórias diárias de mulheres assassinadas ou com marcas tão profundas( não somente as físicas) que não cicatrizam mais.

   Em pensar que muitos casos desses poderiam nem ter acontecido, se essas mulheres resolvessem apenas prestar atenção aos sinais…

Paciência é equilibrio

É a porta da geladeira que não foi fechada direito, é a escova esquecida em cima da cama e com as cerdas viradas para cima, claro. É o cara no assento ao lado batucando com a caneta ou assoviando. É o menino que fala aos berros sem que nenhum adulto responsável pareça se incomodar. É o carro que tenta furar a fila do estacionamento fingindo que está dando início a uma nova fila. É a pessoa que, da porta da loja, quer conversar com aquela que está distraída lá no fundo. A mesa ao lado que urra, como se não existisse ninguém em volta ou como se todos no restaurante estivessem ali para assisti-los. O vizinho que põe a música bem alto às oito da manhã no domingão. A lista é enorme. Pode acrescentar as suas irritações mais comuns nos comentários aí embaixo. Vou gostar de ler.

Motivos, portanto, não nos faltam, para nos irritarmos e para reagirmos a estas irritações. A questão é: vale a pena? Quantas vezes deixamos de manifestar nosso desconforto para não sermos “chatos” e, com isso, fechamos a cara ou o tempo, calados. Para não cortar a onda alheia acabamos por cortar a nossa e, de quebra, a de quem por ventura conosco esteja. Por outro lado, se criamos caso a qualquer hora e por qualquer motivo, somos a enxaqueca ambulante da qual todo mundo vai se arrepender por ter encontrado. É difícil o equilíbrio entre se impor e ser intolerante. Difícil e necessário.

Dizendo isto, uma coisa fica clara: é difícil viver e fazer as escolhas que temos que fazer a cada instante. Desde a roupa que vamos colocar no início do dia ou a palavra que usaremos para cumprimentar cada pessoa, tudo são decisões, escolhas. Temos que ter consciência disso e, quem sabe, um plano de ação. Algo que contemple nosso temperamento, identidade, mas que inclua o respeito às leis da boa convivência: os bons modos. É bom provocar e dar uma remexida nas coisas, mas é ruim criar inimigos e antipatias. Porém, elas acontecem mesmo que a gente tente, a todo custo evitar. Então, paciência. Não seremos infalíveis e nem por isso devemos deixar rolar sem nenhum cuidado. Somos as escolhas que fazemos. As grandes e as pequenas. As definitivas e as imediatas e corriqueiras.
Uma frase mal escolhida, dita no momento errado, ou um ato impensado pode determinar o destino, todo o rumo de uma vida. É assim o tempo todo. Por isso é preciso paciência, para que seja possível o equilíbrio.

Ou, como dizia uma amiga, aconselhando que eu evitasse as pequenas (mas igualmente importantes) discussões: o que, afinal, você deseja; ser feliz ou ter razão?

Leo Jaime

Fonte -> http://gnt.globo.com/comportamento/noticias/Paciencia-e-equilibrio.shtml

Intimidade Nunca é Demais

Uma amiga deu-me de presente, ou melhor, trouxe-me de uma viagem um desses ímãs de geladeira com dizeres divertidos. Este dizia: Amigos são aqueles que conhecem todos os seus defeitos e continuam gostando de você. Curti e deixei lá na minha geladeira. É uma prova de afeto, diria, incondicional. Intimidade de longos anos de amizade providenciam esta segurança de nos sabermos fora de julgamentos ou, ainda, em julgamento permanente e com sentenças muito leves ou, geralmente, inocentados. Amizade é uma forma de amor muito generosa.

Tenho visto isto em vários casais: são mais simpáticos e gentis com os estranhos do que entre si. Vejo mais mulheres dando patadas em seus homens do que o contrário. E é fácil compreender: quando um homem é estúpido com uma mulher é um ogro. Quando uma mulher é estúpida com um homem ela tem personalidade forte. Tá bom! Não concordo com isso, não. Fato é que no mundo masculino se o cara é encrenqueiro ele tem que ser bom de briga, porque no mundo masculino existe uma coisa chamada “murro na cara’. Se as mulheres usassem este código entre elas, muitas seriam menos nervosinhas e respondonas. Mas, como diria o amigo Fernando Caruso, o bom de ter uma mulher na presidência é saber que ela nunca entrará em guerra; no máximo dará um gelo em um país que nos ofenda.

Brincadeiras à parte. Será preciso mesmo dizer que estava brincando? Sim, é preciso. Não estou nem de longe defendendo a violência mas, ao contrário, defendendo os bons modos, a educação, a polidez, a gentileza e, em último caso, a cerimônia entre os íntimos. É esta a solução, e não mulheres sendo tão toscas quanto homens e partindo para a bofetada. Acredito numa fórmula simples: temos que tratar com cortesia os estranhos, com carinho os amigos e com muito cuidado, com toda a delicadeza, a pessoa que escolhemos para amar.

Guardar suas piores feições para os de casa? Por quê? Chegou cansada, nervosa, chateada? Ainda bem que você tem aqueles de casa, mesmo quando eles te aborrecem um pouco. São seu porto-seguro, seu motivo para acordar de manhã e lutar pelo dia. Trate-os desta forma. Incondicionalmente, com amor. Amor incondicional não é uma coisa que acontece, é algo que a gente faz. Diariamente.

– Leo Jaime

Fonte -> http://gnt.globo.com/comportamento/noticias/Intimidade-nunca-e-demais.shtml

Oração a mim mesmo

Que eu me permita olhar, escutar e sonhar mais.

Falar menos.

Chorar menos.

Ver nos olhos de quem me vê a admiração que eles me têm e não a inveja que prepotentemente penso que têm.

Escutar com meus ouvidos atentos e minha boca estática, as palavras que se fazem gestos e os gestos que se fazem palavras.Permitir sempre escutar aquilo que eu não tenho me permitido escutar.

Saber realizar os sonhos que nascem em mim e por mim e comigo morrem por eu não os saber sonhos.

Então, que eu possa viver os sonhos possíveis e os impossíveis; aqueles que morrem e ressuscitam cada novo fruto, a cada nova flor, a cada novo calor, a cada nova geada, a cada novo dia.

Que eu possa sonhar o ar,sonhar o mar, sonhar o amar, sonhar o amalgamar.

Que eu me permita o silêncio das formas, dos movimentos, do impossível, da imensidão de toda profundeza.

Que eu possa substituir minhas palavras pelo toque, pelo sentir, pelo compreender, pelo segredo das coisas mais raras, pela oração mental (aquela que a alma cria e que só ela, alma, ouve e só ela, alma, responde).

Que eu saiba dimensionar o calor, experimentar a forma, vislumbrar as curvas, desenhar as retas e aprender o sabor da exuberância que se mostra nas pequenas manifestações da vida.

Que eu saiba reproduzir na alma a imagem que entra pelos meus olhos fazendo-me parte suprema da natureza, criando-me e recriando-me a cada instante.

Que eu possa chorar menos de tristeza e mais de contentamentos. Que meu choro não seja em vão, que em vão não seja minhas dúvidas.

Que eu saiba perder meus caminhos mas saiba recuperar meus destinos com dignidade.

Que eu não tenha medo de nada, principalmente de mim mesmo: Que eu não tenha medo de meus medos!

Que eu adormeça toda vez que for derramar lágrimas inúteis, e desperte com o coração cheio de esperanças.

Que eu faça de mim um homem sereno dentro de minha própria turbulência;

Sábio dentro de meus limites pequenos e inexatos, humilde diante de minhas grandezas tolas e ingênuas (que eu me mostre o quanto são pequenas minhas grandezas e o quanto é valiosa minha pequenez).

Que eu me permita ser mãe, ser pai,e, se for preciso, ser órfão.

Permita-me eu ensinar o pouco que sei e aprender o muito que não sei, traduzir o que os mestres ensinaram e compreender a alegria com que os simples traduzem suas experiências;

Respeitar incondicionalmente o ser; O ser por si só, por mais nada que possa ter além de sua essência,

Auxiliar a solidão de quem chegou, render-me ao motivo de quem partiu e aceitar a saudade de quem ficou.

Que eu possa amar e ser amado. Que eu possa amar mesmo sem ser amado, fazer gentilezas quando recebo carinhos;

Fazer carinhos mesmo quando não recebo gentilezas. Que eu jamais fique só, mesmo quando eu me queira só.

Amém.

– Oswaldo Antônio Begiato

Pato Fu – Antes Que Seja Tarde

 

olha, não sou daqui
me diga onde estou
não há tempo não há nada
que me faça ser quem sou
mas sem parar pra pensar
sigo estradas,sigo pistas pra me achar

nunca sei o que se passa
com as manias do lugar
porque sempre parto antes que comece a gostar
de ser igual, qualquer um
me sentir mais uma peça no final
cometendo um erro bobo, decimal

na verdade continuo sob a mesma condição
distraindo a verdade, enganando o coração

pelas minhas trilhas você perde a direção
não há placa nem pessoas informando aonde vão
penso outra vez estou sem meus amigos
e retomo a porta aberta dos perigos

na verdade continuo sob a mesma condição
distraindo a verdade, enganando o coração

 

As Sete Maravilhas de Salvador

Excelente texto de Nelson Cadena… Reproduzo aqui:

Lagoa do Abaeté, Elevador Lacerda e Pelourinho já eram. Esses cartões-postais não mais existem a não ser no imaginário dos turistas. Os baianos estão carecas de saber que o sujeito arrisca-se a encontrar as cabines do elevador em manutenção, ou os funcionários em greve, e o Pelô, quem se atreve a ir hoje em dia? O Pelourinho deixou de ser um atrativo turístico, relegado ao abandono do poder público, assim como a Lagoa do Abaeté que não mais é a lagoa escura arrodeada de areia branca de Caymmi. Está na hora de renovarmos os cartões-postais da cidade e nessa iniciativa sugiro, como Sidon que elencou as Sete Maravilhas do mundo antigo, nomear as Sete Maravilhas de Salvador. Sete monumentos que são extra-ORDINÁRIOS no sentido de diferenciados pelo seu contexto de serviços para lá de inusitado.
A primeira maravilha seria o Metrô que me parece é hoje o maior atrativo turístico da cidade, cartão-postal para a Bahiatursa incluir nos seus roteiros com guias especializados informando aos visitantes como foi possível torrar um bilhão de reais para erguer seis quilômetros de colunas de concreto e estações esquisitas e como tudo isso aconteceu sob o olhar complacente e displicente de autoridades de todos os poderes. E então promover viagens de helicóptero para conferir de perto o eterno canteiro e fotografar as obras sem fim, no clima de trilha sonora da musica ‘Otário’ de Cássia Eller.

 A segunda maravilha de Salvador poderia ser o Rio Lucaia, que corre majestoso entre as proximidades da praia do Jardim de Alá e o Rio Vermelho e tem o seu ponto de observação mais nobre, atrativo turístico, na passarela entre a rodoviária e o Iguatemi. Quem vê nunca esquece e, se respira fundo, inalando ar nos pulmões, não esquece mesmo. A terceira maravilha proponho seja a Praça Cayru com os seus casarões centenários equilibrando-se entre andaimes e estacas (um desafio às leis da engenharia) e a imponência clássica das ruínas do sobrado azulejado que um dia foi ponto de venda de uma rede de supermercados.

 A quarta maravilha de Salvador, essa sugestão é de graça, deve ser a Estação da Lapa. Em nenhum lugar do mundo se construiu algo mais sinistro e o roteiro turístico poderia priorizar a observação dos usuários se acotovelando para subir no coletivo e as ferrugens expostas, em registros fotográficos impagáveis. Cartão-postal da orla de Salvador, a quinta maravilha poderia ser o Aeroclube, também um monumento sem referência em outro lugar do planeta. Na península do Yucatán, no México, os turistas admiram as ruínas das pirâmides Maias; aqui podemos exibir as ruínas de um parque que nunca existiu e do projeto de shopping que cada vez mais se aproxima da proposta original de ser um empreendimento a céu aberto. E bote aberto nisso. 
A sexta maravilha sugiro seja a frota do sistema de ferryboats: sucata sujeita a ficar à deriva no mar. Nenhum outro serviço congênere nos oferece a possibilidade de uma aventura com essa dose de adrenalina. Os turistas poderão fotografar as ondas batendo no convés, ou os banheiros sem igual no imaginário do terceiro mundo e ainda se deliciar com os ‘ótimos’ petiscos da cantina. E se tiverem sorte poderão apreciar a queda de um carro na água. A sétima maravilha, essa deixei para o final de propósito, recomendo seja o Parque de São Bartolomeu com o diferencial de mata atlântica fétida, rios de espuma desaguando próximo de bares ruidosos, com suas putas alegres e malandros bebendo todas e fumando maconha; ‘patrimônio ambiental’ para mostrar ao mundo o tamanho de nossa burrice.

Afinal, somos diferentes. Em nenhum outro lugar o poder público desafia a natureza com tamanha competência. É o limite da irresponsabilidade e essa noção sem limite já é um bom pretexto para exibir o nosso topete.

Fonte -> http://www.correio24horas.com.br/colunistas/detalhes/artigo/nelson-cadena-as-sete-maravilhas-de-salvador/

Tolerância

Vejo ‘dia do orgulho gay’ , ‘ dia do orgulho hetero’, passeata evangélica,passeata cristã,passeata daquilo, nomenclaturas cada vez mais dificieis de gravar e entender (antes era só GLS, agora a sigla tem quase 10 letras) e tudo me parece um modismo exagerado. Tenho uma amiga que sempre diz que daqui a um tempo, quem é hetero terá que falar quase sussurrando. Começo a achar que ela tem uma certa razão. Infelizmente. Pouco me importa com quem as pessoas dormem ou escolhem para dividir a vida e amar. Isso não deveria ser motivo de tanta ‘revolução exagerada’. Faz parte da vida PESSOAL e PARTICULAR de cada um.

Ao invés de cartilhas sobre homossexualismo, deveriam ensinar as pessoas o respeito e a tolerância pelas diferenças. Não importa que fulano é preto, branco, amarelo,judeu, ateu, cristão, evangélico ou se quando chega em casa, tem Maria ou João o esperando. O que importa é se a pessoa é honesta, se tem caráter, se é uma pessoa digna.

Às vezes me sinto deslocada no meu próprio mundo, como se eu não fizesse parte de tudo que leio e ouço. É inconcebivel que um ser humano mate somente porque não acredita/ pensa/ sente da mesma forma que outro.

De resto, é tudo muito ‘demais’. E educação, de MENOS. Ninguém precisa ‘afirmar’ ou ‘reafirmar’ sua sexualidade ‘atacando’ seu par de forma vulgar na rua. É feio e desnecessário, independente de ser um casal gay ou hetero. Acho que as pessoas esqueceram aquele velho ditado: MEU DIREITO TERMINA QUANDO COMEÇA O DO VIZINHO. Se cada um cuidasse menos da vida alheia e focasse na própria vida, no próprio umbigo, metade dos problemas não existiriam. Tenho pavor daquelas pessoas que chegam primeiro dando uma carteirada tipo ‘sou gay’ para depois dizer a que veio. Se continuar desse jeito, em um futuro não tão distante, em um curriculo primeiro será perguntado a opção sexual,e só por último a qualificação profissional da pessoa. Parece que os valores estão invertidos,entende ? Não importa mais se a pessoa é formado,se é competente, se trabalha, se paga suas contas, se é companheiro, amigo, parceiro. O que importa é se é gay ou não.

A sociedade precisa urgentemente praticar a tolerância ( tolerância, do latim tolerare (sustentar, suportar), é um termo que define o grau de aceitação diante de um elemento contrário a uma regra moral, cultural, civil ou física. Do ponto de vista da sociedade, a tolerância define a capacidade de uma pessoa ou grupo social de aceitar, noutra pessoa ou grupo social, uma atitude diferente das que são a norma no seu próprio grupo. Numa concepção moderna é também a atitude pessoal e comunitária face a valores diferentes daqueles adotados pelo grupo de pertença original. Fonte : Wikipédia)

Ninguém é obrigado a aceitar a posição religiosa ou sexual de alguém, mas é sim, obrigado a RESPEITAR. E esse respeito tem que vir de todos os lados, a começar de dentro de casa.

Amy e o surto de hipocrisia coletiva

Achei esse texto muito bom. Segue aqui a integra :

” Engraçado como um fato vem, de vez em quando, botar as coisas em perspectiva.

Amy Winehouse morreu. De verdade. Fato.

Acabou o reality show macabro de sua vida. Nenhum fã vai poder aplaudir de novo quando ela chegar ao palco bêbada, ou quando esfregar as costas da mão no nariz, como se tivesse acabado de dar um teco.

Ontem, a mãe de Amy, Janis, disse aos jornais: “A morte dela era apenas uma questão de tempo. Pouco depois, a família Winehouse divulgou uma nota à imprensa, pedindo “privacidade”.

Curioso: a mesma família que pede privacidade é a que passou os últimos anos dando entrevistas a programas de TV sensacionalistas, como fez o pai de Amy, Mitchell.

A verdade é que a vida de Amy Winehouse foi uma espécie de farsa trágica, acompanhada em tempo real pelos fãs e pela mídia.

Amy não foi uma vítima. Era maior de idade e sabia muito bem o que estava fazendo.

Era uma pessoa doente e que precisava de tratamento.

Infelizmente, muita gente dependia dela. Celebridades não têm tempo para se tratar, porque não podem simplesmente desaparecer.

Uma das coisas mais sensatas que ouvi sobre o caso de Amy veio do médico norte-americano Drew Pinsky, especialista em tratamento de viciados. “Uma pessoa que chega ao estágio em que Amy chegou precisa de muitos meses de tratamento só para recuperar a consciência de que precisa se tratar”, disse. “Só que ela é uma celebridade, de quem muitas pessoas dependem para ganhar dinheiro, e parar de trabalhar é a última prioridade”.

Pisnky citou, como caso de recuperação bem sucedida, o ator Robert Downey Jr.: “Ele fez o certo: sumiu de cena por dois ou três anos, completou seu tratamento, e depois retornou à vida pública”.

Ironicamente, Pinsky é apresentador de “Celebrity Rehab with Doctor Drew”, um programa de TV dos mais apelativos, em que subcelebridades tentam se livrar do vício em drogas e álcool.

Diz muito sobre nós que a pessoa convidada para “iluminar” o caso de uma celebridade junkie seja, ela mesma, uma celebridade.

Sempre defendi aqui que a mídia é um espelho da sociedade. A mídia não cria, ela replica o sentimento coletivo.

Se existem repórteres e “paparazzi” que viviam perseguindo Amy, é porque há uma multidão de consumidores, babando por informações sobre a cantora, por mais inócuas que fossem.

E se outras junkies talentosas como Bille Holiday ou Janis Joplin tivessem vivido durante a era do Youtube, garanto que haveria um site como http://www.when willbillieholidaydie. Sinal dos tempos.

Escrito por André Barcinski às 10h40 – 25/07/2011″

Link da reportagem -> http://andrebarcinski.folha.blog.uol.com.br/